Reino Unido proíbe reunião com mais de 6 pessoas

Nesta quarta-feira (9), o premiê britânico Boris Johnson, anunciou duras limitações no Reino Unido, incluindo interdição de agrupamentos de mais de seis pessoas, sob pena de multas pesadas e mesmo prisão, para reagir a um recrudescimento de casos de Covid-19.

Autoridades médicas britânicas notaram que, depois de uma importante queda, as novas infecções voltaram a aumentar, inclusive entre jovens com idade entre 10 a 19 anos.

Nova regra

Johnson, que tinha prometido uma situação melhor até o Natal, quase pediu desculpa na televisão ao anunciar um pacote de novas medidas. Mas argumentou que era o que tinha de fazer para impedir a propagação do vírus e salvar vidas. Antes do aumento dos casos, a regra vigente proibia agrupamento com mais de 30 pessoas.

A nova sanção no Reino Unido não se aplicará às escolas, locais de trabalho e manifestações esportivas. Enterros podem até ter 30 pessoas.

Em Portugal e na Holanda, o sinal de alerta também foi dado ontem com o maior número de casos desde abril. Os holandeses dizem que isso não estaria relacionado com a volta às escolas, e atribuem a alta a um certo relaxamento.

Progressão da pandemia

Na França, o governo de Emmanuel Macron também enfrenta uma nova progressão da pandemia. Isso ocorre uma semana após o governo ter apresentado um plano de recuperação para evitar um colapso da economia. Mais do que nunca, o governo precisa conjugar os imperativos de prevenir nova alta nas infecções, tentando ao mesmo tempo afetar o menos possível a economia, observam analistas.

Também ontem, no Conselho de Segurança da ONU, o subsecretário-geral para assuntos humanitários e coordenador de ajuda de emergência, Mark Lowcock, fez um balanço dramático dos efeitos da pandemia em países pobres.

Em 37 países a deterioração da segurança alimentar aumentou. Os efeitos indiretos da pandemia serão mais pobreza, menor expectativa de vida, mais fome, menos educação e mais morte de crianças, segundo Lowcock.

Com informações do Valor Econômico